Todos já sabem que, se a gente der a aula de amanhã melhor que a de hoje, a educação será melhor.(João Batista Freire).

Todos já sabem que, se a gente der a aula de amanhã melhor que a de hoje, a educação será melhor.(João Batista Freire).

Melhorando a educação física brasileira: produção coletiva.

Todos já sabem que, se a gente der a aula de amanhã melhor que a de hoje, a educação será melhor.

Hoje vou começar uma história que pode crescer com a ajuda de vocês. Se ajudarem, vou aproveitando as sugestões; se não ajudarem, me virarei como posso.

"Uma professora de Educação Física chegou para dar aulas numa escola, daquelas que ficam bem longe, nesses lugares à beira dos lugares nobres das grandes cidades, e que chamamos de periferia. Ela teria que dar aulas para crianças de seis a dez anos. Era seu primeiro dia de trabalho naquela escola. Materiais didáticos, nada. Quadra? Qual o que! Um pedaço de terra ao lado da escola. A diretora não queria nem saber da Educação Física; a professora que se virasse. Vamos tentar ajudá-la. Entre as muitas turmas dela, escolho a do quarto ano, uma garotada de mais ou menos nove anos de idade.

A professora começou bem. Ela poderia construir alguns materiais, mas isso não seria possível nas primeiras aulas. Portanto, escolheu começar com um jogo que não exige materiais e pode ser feito em qualquer lugar: um pega-pega. Não foi fácil começar a aula; as crianças corriam para lá e para cá, gritavam, se batiam, ela tentou de tudo. Até que teve uma ideia: sentou no meio do campinho e ficou ali quietinha. Daí a pouco sentou uma garotinha e perguntou: “o que a senhora faz aí professora?” “Espero vocês pararem a bagunça e sentarem aqui comigo”. A garotinha olhou um pouco assustada a calma da professora e começou a chamar os amigos. Sentou mais um ao lado da professora, depois mais outro, até que todos se sentaram. E aí, falando bem baixo, a professora disse que queria propor uma brincadeira para a aula. Com o barulho das conversas, as crianças não entendiam a professora, mas ela não aumentou o tom de voz. Repetiu o que disse umas cinco vezes, até que os alunos entenderam que, se não parassem de falar, não ouviriam a professora. “Quem conhece a brincadeira de pega-pega?”, ela perguntou. Todos conheciam. “Então me falem como é que se brinca”. E as crianças descreveram vários modos de brincar de pega-pega. “Bem, agora, vocês vão brincar do jeito de vocês e eu vou só olhar”, ela disse. E, em seguida, as crianças brincaram do jeito delas."

Amanhã ou depois eu continuo essa aula. Se vocês me mandarem sugestões, tentarei aproveitá-las, desde que elas ajudem a fazer a aula evoluir.

Por João Freire, em 23-04-2010, às 9:50

INTERESSANTE QUE A HISTÓRIA NARRADA PELO PROFESSOR JOÃO BATISTA FREIRE TEM MUITA SEMELHANÇA COM A REALIDADE VIVIDA PELA GRANDE MAIORIA DOS NOSSOS PROFESSORES DO ENSINO PÚBLICO MUNICIPAL DE NOSSA CIDADE.

PT SAUDAÇÕES 2010!!!