EDUCAÇÃO FÍSICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: É POSSÍVEL ALIAR TEORIA E PRÁTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR?

EDUCAÇÃO FÍSICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: É POSSÍVEL ALIAR TEORIA E PRÁTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR?

 

Alunos do 6º ano “1” da Escola Estadual Mons. Celso cicco (turno vespertino) vivenciando a nova realidade da Educação Física Escolar onde teoria e prática se inter-relacionam.

A história da Educação pode ser resumida pedagogicamente nas fases que se seguem abaixo:

FASE HIGIENISTA - ATÉ 1930(EUGENIA): Estudo de medidas sócio-sanitárias, sociais e educacionais que influenciam física e mentalmente, o desenvolvimento das qualidades hereditárias dos indivíduos e portanto, das gerações. O físico deveria estar a serviço do intelecto.

FASE DA MILITARIZAÇÃO (1930 - 1945): Finalidade de promover a disciplina moral e o adestramento físico de maneira a prepará-lo para o cumprimento dos seus deveres para com a economia e a defesa da nação. A Educação Física era vista como poderoso auxiliar no fortalecimento do Estado e possante meio para o aprimoramento da raça.

FASE DA PEDAGOGIZAÇÃO (1945 - 1964): A Educação Física passou a ser vista como uma prática meramente educativa.

FASE COMPETITIVISTA (1964): Teve início com a revolução militar de 64. Existia uma censura à imprensa e as artes que contradiziam os interesses militares. Expoentes da política, literatura, esportes, artes, música e intelectuais das mais diversas áreas eram vigiados e perseguidos, sendo muitos deles obrigados a se exilarem.

FASE POPULAR (APÓS ABERTURA DEMOCRÁTICA) : Sem linha teórica definida, a Educação Física esteve ligada a modismos (academia, testes físicos, novas modalidades desportivas).

FASE COM TENDÊNCIA SOCIAL (ATUALIDADE) : Busca de uma socialização da educação física, preocupação com uma Educação Física voltada para os deficientes e terceira idade, meninos de rua, etc.

          Todas essas tendências influenciaram em cada época a Educação Física Escolar em sua trajetória como disciplina integrada ao currículo escolar. Por diversos anos, a realidade da Educação Física Escolar esteve influenciada por todas essas tendências, com um forte apelo para o desporto de rendimento. O professor acostumou-se a “se isolar” num espaço de 40m x 20m(quadra esportiva) e esqueceu que a escola é mais que esse pequeno espaço de 800 metros/quadrados.

           A realidade hoje aponta para uma nova perspectiva de Educação Física Escolar em que a integração com o todo da escola torna-se inevitável. A experiência vivenciada por mim há dois anos como professor de Educação Física na Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco, tem demonstrado que isso é totalmente possível como vemos nessa imagens:

Alunos em sala assistindo aula teórica sobre handebol. Na segunda parte da aula vivenciando a prática na quadra esportiva.

Trabalhar nessa perspectiva é fácil? Não. Pois exige do professor uma mudança na sua postura como profissional. As aulas terão que ser ministradas no próprio turno em que o aluno estuda e não no contra-turno; O professor precisa planejar suas aulas teóricas e práticas e participar do planejamento coletivo da escola, etc.

Na realidade, isso para muitos professores torna-se inviável pois lecionam em três, quatro ou até mesmo cinco escolas e falta tempo para trabalhar numa perspectiva como essa. Para encerrar, gostaríamos de deixar algumas imagens, visto que elas(as imagens), muitas vezes falam mais que as palavras.

Professor orientando alunos em sala. Na seqüência, vivenciando o esporte(handebol) na prática.

Treinando fundamentos(drible).

Momento de descontração ao final do treino de fundamento(drible).

Momento do jogo propriamente dito(encerramento da aula de handebol).

Que as imagens sirvam para  reflexão, professor.

Na próxima matéria mostraremos como trabalhar na escola o IMC(Índice de Massa Corporal) com alunos do 9o ano. Aguardem. Até breve.

PT SAUDAÇÕES!!
Matéria publicada por Pedro Torres da Rocha- Prof. Me. da Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco(C. Mirim).